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Sobre mim

Sou mineiro, da cidade de Ituêta, localizada no Vale do Rio Doce. Sou um indigenista da escola rondoniana. Considero-me, juntamente com outros colegas, sucessor natural de humanistas práticos como Darcy Ribeiro e os irmãos Villas Boas. Ingressei na Fundação Nacional do Índio – FUNAI,  no início da década de 1970, engajando-me, quase de imediato, na resistência à forma intervencionista e autoritária com que os governos militares tratavam a questão indígena.

Julgo que, com minhas ações, contribuí para a evolução do indigenismo brasileiro, dando voz e aliando-se à luta de personagens históricos, como Mário Juruna, Raoni Mentuktíre, Aleixo Krahô, entre outros. Pela minha atuação, fui perseguido pela ditadura militar. Atuei em organizações da sociedade civil, continuando sua luta pelos direitos indígenas. Fui anistiado em 1993, retornando aos quadros da FUNAI.

Fernando Schiavini em Aldeia Krahô com líder Getúlio Kruwakray

Fernando Schiavini e Simone Moura – Aldeia Multiétnica 2009

Sou também o idealizador da Aldeia Multiétnica, evento realizado desde 2007 e que faz parte da programação do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, que acontece todos os anos na Vila de São Jorge. A Aldeia Multiétnica reúne grupos indígenas de diversas regiões do país com o objetivo de realizar vivências que permitam aos participantes conhecerem os rituais, artesanato, comidas, cantos e danças característicos de cada etnia.

Fui premiado várias vezes pelo trabalho pioneiro de recuperação e preservação da sementes tradicionais indígenas, realizado junto aos Krahôs, em parceria com a EMBRAPA, desde o ano de 1995. O projeto se disseminou para outras etnias no Brasil e no exterior, tornando-se política pública em vários órgãos públicos no Brasil e referencia para a elaboração do PLANAPO – Plano Nacional de Produção Orgânica..   Fui o idealizador, também junto aos Krahôs, das “Feiras de Sementes Tradicionais“.

Lideranças Krahô falaram sobre sua busca por sementes tradicionais. Foto: Leonil Junior

Publiquei, até o momento três livros, de forma independente, contando minhas experiencias como indigenista. Participei , também, de vários documentários sobre a questão indígena.

Estou aposentado da Funai desde 2015. Além de continuar escrevendo livros, textos e roteiros sobre a questão indígena, oriento grupo de pessoas que desejam conhecer as aldeias indígenas, pelo programa “Vivencia Tribal Indígena”